Bolsa de sugestões
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Combater a violência através da prevenção
Temos falhado na prevenção da violência com todos os projetos até agora. Acredito que muitos dos problemas interpessoais, tanto entre crianças, como entre colegas de trabalho, amigos, membros de casais, familiares ou desconhecidos tenham origem em falhas de comunicação e a violência venha de uma má regulação emocional. Venho neste sentido sugerir a introdução de uma disciplina na escola do 5° ao 9° ano, altura em que as crianças entram na adolescência e em que surgem muitas questões de controlo de impulsos e desregulação emocional. Reduzindo os programas de algumas disciplinas para não sobrecarregar ainda mais os alunos ou distribuindo alguns temas da disciplina de cidadania pelas outras, sendo substituída por esta nova disciplina, que designaria de "Comunicação e relação", que abordaria muitos dos assuntos também abordados em cidadania. Esta disciplina adicionaria tópicos como: reconhecimento de emoções, regulação emocional, técnicas de comunicação eficaz, interrelação e outros. Seria lecionada por professores com formação em psicologia. Acho que a abordagem da prevenção da violência tem que ser feita pela raiz do problema. As ferramentas que esta disciplina pode dar promoveriam uma sociedade mais equilibrada e com menos conflito, diminuindo também assim a violência.
IUC 2026
Exmos. Senhores
O pagamento do IUC em Fevereiro e/ou em duas prestações não é uma medida do ponto do vista financeiro muito viável, pelos motivos abaixo:
As empresas estão a imensos anos, a gerir os seus pagamentos referente ao IUC mensalmente, tornando assim a gestão de outros pagamentos mensais referente a impostos, contribuições, taxas, pagamentos de vencimentos e obrigações com fornecedores, mais viáveis de serem cumpridas.
Sobrecarregar num mês ou em dois, as obrigações de pagamentos mensais que as empresas já possuem, não é uma ideia financeiramente viável, porque devem ter em conta, que em muitas empresas o encargo anual com o IUC é na casa das dezenas / centenas de milhares de euros.
O estado têm de ter conta que empresas do setor de transportes de passageiros, de mercadorias, rent-a-car, etc., possuem imensas viaturas, e que alterar um imposto que é pago mensalmente, para dois pagamentos, vai alterar a gestão das empresas do “8 para o 80”.
Se querem facilitar a gestão das empresas, e não colocar as suas obrigações mensais em incumprimento, não procedam a esta alteração.
Sem outro assunto de momento subscrevo-me mui atenciosamente
Criação de gabinetes de supervisão no terreno no combate à corrupção e práticas irregulares
Exmos. Senhores:
No seguimento das recentes notícias divulgadas na comunicação social a respeito de um “concurso público encenado”, bem como do médico que recebeu centenas de milhares de euros por trabalho adicional, apraz-me vir, por este meio, partilhar um conjunto de reflexões com V/Exas.
Apesar da importância do conhecimento científico e apreendido pela via académica, não devemos desviar-nos daquilo que é também conhecimento, o conhecido e passado através das gerações pela sabedoria popular. O “onde há fumo, há fogo” foi-nos ensinado pelos nossos avós e bisavós, e teria, talvez por certo, que quem procura, acha!
Quem está nas instituições, no terreno, depara-se com situações “como” as denunciadas pela comunicação social, não raras vezes. Não será necessário ser particularmente dotado do ponto de vista intelectual para perceber que “algo de errado não está certo”, passo a citação. Os exemplos das referidas notícias, parecem ser apenas exemplos, entre outros casos e de outros géneros, com que quem passa pelas instâncias e instituições públicas se vai deparando. Posso, em primeira pessoa, falar da eventual abertura de um concurso para postos de trabalho já existentes, porém mal instruídos, tendo o trabalhador (o “parente pobre” da equação) que sujeitar-se a perder anos de antiguidade e a baixar o seu vencimento base na ordem dos 500 euros mensais, para ver a questão contratual regularizada. Ora, a acontecer tal procedimento concursal, também neste caso estaremos, julgo eu, a falar de concursos públicos “fictícios”, onde, das duas uma, ou não será cumprido o propósito da regularização daquelas contratações, ou não haverá igualdade de oportunidades no “novo” concurso para com os cidadãos em geral.
Exmos. Senhores, do que percebo, este não é um caso isolado, tem-se verificado ser procedimento em diversas estruturas e ministérios, pelo que, penso dever ser também ponto de reflexão o papel do Estado enquanto exemplo no cumprimento da Lei.
Realço também a importância de V/Exas. terem nas vossas equipas elementos que não conheçam “apenas” o trabalho de gabinete, mas que considerem a importância das vossas equipas serem maioritariamente constituídas por profissionais que tenham passado de facto pelo terreno, que não apenas conheçam os problemas e desafios das pessoas, mas que os compreendam (aqui proporia a análise aos conceitos de empatia e compaixão por analogia a conhecimento e compreensão, para que melhor integrem a pertinência do sugerido). Neste seguimento, com profissionais já devidamente capacitados, estarão os Senhores Governantes em condições mais favoráveis para instituir e implementar “gabinetes de supervisão” no terreno, os quais atuariam num modelo diferente, ou seja, de forma preventiva/ativa e não “meramente” reativa (recordo que o IGAS, após a reportagem tomou diversas medidas de escrutínio face ao caso apresentado e/ou outros similares), diminuindo a percepção de impunidade de quem pratica este e outros tipos de irregularidades. Também a este respeito, a importância da possibilidade de denúncia anónima, dada a eventual inércia de sujeitos que conhecem casos concretos e que se remetem ao silêncio com receio de represálias.
Criando uma ponte entre o tema anterior e o funcionamento da sociedade no sentido macro, parece ser adequado questionar até que ponto estes “eventos” em estruturas do Estado espelham a Sociedade no sentido macro. Observamos “vícios” e condutas de ética duvidosa eventualmente sustentados por agregações, filiações, alianças e/ou coletividades, entre outras mais ou menos formais, podendo operar o favorecimento, ascensão e colocação de seus membros/elementos, não sustentados na meritocracia, tampouco criando igualdade de oportunidades com os demais cidadãos comuns. Dar-se-ão novos nomes às coisas, para que o que a lei detona, possa passar-lhe à margem? Coloco aqui um outro ponto para reflexão: Poderá ser o Networking uma nova forma de praticar tráfico de influências? Com isto não assumo que o seja na generalidade, porém, não poderá ser esta uma forma “modernizada” e dissimulada de influenciar e/ou favorecer sujeitos, contornando os direitos de todos os cidadãos à não discriminação e à igualdade de oportunidades?
Deixo estes tópicos para reflexão de V/Exas., sabendo que o seu nível de complexidade extrapola a dimensão das minhas palavras, no entanto espero que sirvam de contributo.
Melhores cumprimentos,
Maria Elisabete Ferreira